domingo, 23 de janeiro de 2011

A Importância da Implantodontia


Até três décadas atrás, não tínhamos soluções previsíveis para as indagações dos nossos clientes a respeito de implantes dentários. O melhor tratamento para o edentado total era as dentaduras convencionais. Para o edentado parcial, oferecíamos próteses parciais removíveis, pontes fixas, ou, mais recentemente, as próteses adesivas.
 Hoje, a literatura internacional nos sobre implantodontia com altos índices de previsibilidade do tratamento feito com implantes. Novos conceitos de avaliação de sucesso têm sido propostos para termos parâmetros seguros de medição. A literatura também reflete a aceitação por parte do maior beneficiado, o paciente, demonstrando alto nível de satisfação com a melhora do desempenho mastigatório e estético.
Outro fator proporcionado pela implantodontia é a manutenção de osso. Após a remoção do elemento dentário, no primeiro ano, ocorre uma perda óssea de 25% em largura e, em média de 4 mm de altura. Essa perda óssea é progressiva. Com a instalação dos implantes, a perda óssea cai para 1,5mm no primeiro ano.   A instalação de implantes também melhora a estabilidade da prótese, produzindo maior conforto para o paciente. A prótese estável reflete em mais segurança psicológica e melhor sensação de bem estar no indivíduo.
 Hoje, uma pessoa com 65 anos de idade pode viver mais 16,7 anos. Trabalhos científicos têm mostrado que os idosos desta geração querem manter seus dentes na boca mais do que no passado, ou ter alternativas mais retentivas do que próteses totais convencionais. Os implantes melhoram a retenção das próteses. Isto permite que se façam enchimentos necessários nas falanges, corrigindo perdas horizontais de osso, sem prejuízo da retenção. A manutenção dos músculos da mastigação e expressão facial, também são vantagens associadas às próteses totais apoiadas em implantes.   No edentulismo parcial, a implantodontia tem oferecido dados confiáveis especialmente nos casos de unitários onde a taxa de sucesso está próxima de 100%.
 Só nos Estados Unidos, segundo trabalhos publicados, 12.000.000 de pessoas são afetadas pelo edentulismo parcial. Somando este número com os edentados totais, a taxa de edentulismo sobe para 30.000.000 pessoas. Portanto, 17% da população americana sofre com a ausência de dentes na boca. A faixa etária crítica da perda dentária está na população entre 35 a 54 anos de idade. As estatísticas brasileiras não devem ser muito melhores que estas. Alguns autores acentuam que um dos critérios principais utilizados para se identificar um idoso bem sucedido, é pela manutenção de sua dentição natural, trazendo-lhe benefícios biológicos e sociais.
No Brasil, à semelhança dos diversos países do mundo, a população está envelhecendo rapidamente. A população idosa, considerada como aqueles indivíduos com mais de 60 anos, compõe hoje o seguimento populacional que mais cresce em termos proporcionais.
 Se considerarmos do início dos anos oitenta até o final do século, observaremos um crescimento da população idosa em mais de 100%. Até o ano de 2025 seremos a sexta maior população do mundo em números absolutos, com mais de 30.000.000 de pessoas nesta faixa, representando quase 15% da população total. Estamos entrando na era dos idosos. A cada mês, o número de pessoas com mais de sessenta anos no mundo, aumenta em torno de 1.000.000 de pessoas.   Neste contexto, a implantodontia se estabelece como peça fundamental do arsenal do cirurgião-dentista para responder a essas demandas da sociedade da era em que vivemos.
Dr. Erlon Carlos de Figueiredo
Cirurgião Dentista CRO-SP 75632